O dia 26 de março foi escolhido como o dia internacional de conscientização da epilepsia. Confira abaixo algumas informações importantes sobre esta condição.
Você já ouviu falar sobre o Dia Roxo?
A campanha tem o objetivo de desmitificar e aumentar a consciência global a respeito da epilepsia.
Conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a epilepsia é um transtorno cerebral crônico que acomete 8-10% da população mundial, sendo responsável por 1-2% dos atendimentos de emergência. Consiste em uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro – que não tenha sido causada por febre, drogas ou alterações metabólicas –, em que ocorrem descargas elétricas espontâneas e descoordenadas de parte do cérebro, que podem ficar restritas a esse local ou espalhar-se.
Sintomas
Há uma imensa variabilidade de sintomas que podem ser relacionados à epilepsia. Os mais frequentes são os sintomas sensitivos como dormência ou formigamento em partes específicas do corpo, mas podem também ocorrer alterações motoras, como contrações repetidas e transitórias de parte do corpo, de apenas um lado do corpo ou de todo o corpo.
Além disso, as crises também podem ser classificadas de acordo com a apresentação em:
· Crises de ausência: a pessoa apresenta-se ‘desligada’ por alguns instantes, podendo retomar o que estava fazendo em seguida.
· Crises parciais simples: caracterizam-se por sensações estranhas, como distorções de percepções ou movimentos descontrolados de uma parte do corpo.
· Crise parcial complexa: apresenta-se inicialmente como a crise parcial simples, mas é acompanhada de perda de consciência.
· Crise tônico-clônica: o paciente inicialmente perde a consciência e cai, ficando com o corpo rígido; depois, as extremidades tremem e contraem-se.
O que fazer?
Em muitos casos, as crises epilépticas não são previsíveis e as pessoas precisam de ajuda, principalmente para não se machucarem durante as convulsões. É importante estar atento e saber como proceder ao presenciar uma crise:
- Mantenha a calma e tranquilize as pessoas ao seu redor;
_ Tente colocar a pessoa deitada de costas, em lugar confortável e seguro, com a cabeça protegida por algo macio;
_ Não segure a pessoa, nem impeça seus movimentos;
_ Retire objetos próximos com que ela possa se machucar;
_ Afrouxe as roupas, se necessário;
_ Se for possível, levante o queixo da vítima para auxiliar na passagem do ar;
_ Não tente introduzir objetos na boca da vítima durante as convulsões;
_ Não jogue água sobre ela nem ofereça nada para ela cheirar;
_ Permaneça ao lado da pessoa até que ela recobre a consciência;
_ Se a crise durar mais que 5 minutos sem sinais de melhora, peça ajuda médica;
- Quando a crise passar, deixe a pessoa descansar.
O tratamento para prevenção das crises é geralmente medicamentoso, considerando a frequência com que as crises acontecem, o tipo de crise e os fatores de risco envolvidos. Casos com crises frequentes e incontroláveis são candidatos a tratamento cirúrgico.
Além disso, o paciente deve associar o tratamento medicamentoso a hábitos saudáveis, como boa higiene do sono e alimentação equilibrada (evitando o jejum prolongado).
DR. Gibrahn Chedid Eizerik
Material elaborado a partir de consulta em
http://bvsms.saude.gov.br/ultimas-noticias/2918-epilepsia-sem-preconceito-dia-mundial-de-conscientizacao-sobre-a-epilepsia
https://www.hospitalanchieta.com.br/26-de-marco-dia-mundial-de-conscientizacao-sobre-a-epilepsia/#:~:text=Para%20desmistificar%20e%20aumentar%20a,o%20dist%C3%BArbio%20h%C3%A1%2010%20anos.