No último domingo (13), aconteceu um caso INÉDITO aqui no CTSEM, os alunos e instrutores atenderam uma Parada Cardíaca REAL que aconteceu na frente da nossa escola!
Os alunos aplicaram tudo o que lhes foi passado em aula, da melhor forma possível. Logo, foi prestado o melhor atendimento possível, salvando a vida do pintor Flávio Aramis Teixeira, 50 anos.
Esta é a prova de que salvar vidas é o nosso porquê!
Abaixo, confira a matéria completa publicada pelo Portal de Notícias G1, contando a história em detalhes:
Esta feliz coincidência salvou a vida do pintor Flávio Teixeira. Ele teve uma parada cardiorrespiratória enquanto aguardava na fila de uma churrascaria, no bairro Santana, em Porto Alegre. Por sorte, do outro lado da rua, uma turma de profissionais da área de saúde fazia um curso de primeiros socorros, e evitou que o susto se tornasse algo pior.
"Quando eu vi, o chão estava meio que girando de um lado para o outro. Não senti dor, não senti nada, e quando eu vi, estava no chão. Caí", recorda Flávio.
Os médicos treinavam o procedimento de reanimação em um boneco exatamente naquele momento. Eles buscavam aperfeiçoar a técnica para atendimentos médicos de emergência. Porém, durante as instruções, ouviram batidas na porta. Era a esposa de Flávio, pedindo ajuda.
"Agradeço ao pessoal que me socorreu, que estava fazendo o curso aqui. Eu podia estar em tanto lugar. Foi uma sorte", diz o pintor.
Os alunos chegaram a achar que o que estava acontecendo era mais uma prova do curso. Até mesmo para os instrutores a situação pareceu impossível.
"No momento, é bem estressante, sobe a adrenalina. Mas, graças a Deus, ele está aqui, falando, conversando com a gente, porque conseguimos fazer um atendimento rápido", afirma o neurologista e instrutor do curso David Carrizo.
A enfermeira e também instrutora Karina de Castro diz que foi a primeira vez que algo assim aconteceu em sua carreira.
"Já tenho uma caminhada de emergência há anos. Sou instrutora do curso há cinco anos, e já atendi muitas paradas assim, inclusive aqui no Instituto de Cardiologia. Mas como a dele foi muito especial, porque a gente ensina que os alunos precisam fazer essas manobras com qualidade para salvar vidas, e na prática a gente viu que faz toda a diferença."
A história tem mais uma curiosidade. A sala onde os alunos estavam tinha uma cortina improvisada na janela para escurecer o ambiente. Só que ela havia caído, e foi isso que permitiu que os alunos vissem Flávio do outro lado da rua.
"Apesar de ser um caso curioso, por ter acontecido em frente a um centro de treinamento de parada cardíaca, em um curso em vigência, a gente tem que ter a ideia de que é uma coisa que pode acontecer em qualquer lugar", comenta o cardiologista Fernando Borges.
"Mortes súbitas, que foi o que quase aconteceu com Flávio, são mais comuns do que se imagina", comenta o médico e diretor do centro de treinamento Juarez Barbisan.
"A morte súbita é das causas de morte mais frequentes. No Brasil, 14% das pessoas morrem assim. A maioria em suas residências. É muito importante que a comunidade saiba disso e também dos sintomas e sinais premonitórios. O mais frequente é o desconforto torácico. Nessa situação, deve ser acionado um serviço de emergência que traga aqui para o Instituto de Cardiologia para que ele possa ser tratado antes que a parada cardíaca aconteça", explica.
Ainda não há previsão de alta para Flávio, mas tem uma coisa que ele quer muito fazer, assim que puder: o curso de primeiros socorros, para, quem sabe, no dia certo, ou na hora certa, também ajudar alguém.
"Espero que, meu caso, sirva de exemplo para muitas pessoas e eu possa ajudar outras. Cuidar mais, fazer o que os médicos mandam, fazer o que a nutricionista manda. Penso como uma sorte, mas eu também penso como algo mais, que, de repente, essa sorte vai servir para alguma coisa."Fonte: Portal de Notícias G1.