O Curso PALS possui novas diretrizes que foram definidas de acordo com a AHA em 2020, confira mais sobre as principais atualizações.
A AHA, ou American Heart Association, é a associação responsável pela publicação científica de diretrizes para a realização de cursos voltados ao atendimento das doenças cardiovasculares, como a ressuscitação cardiopulmonar (RCP), o atendimento cardiovascular de emergência (ACE), entre diversos outros procedimentos. Práticas como essas são responsáveis por salvar milhares de vidas.
O atendimento à parada cardíaca pelos protocolos estabelecidos pela AHA é o mais utilizado no Brasil e em todo o mundo, apesar das atualizações realizadas a cada cinco anos, o material teórico que é apresentado nos cursos de capacitação dos centros de treinamento, também passa por revisões e atualizações, além de contar com uma nova edição dos livros e dos vídeos que são publicados.
As recomendações para suporte básico de vida pediátrico (SBVP) e RCP em bebês, crianças e adolescentes foram combinadas com as recomendações para suporte avançado de vida pediátrico (SAVP) em documento único nas diretrizes de 2020.
O atendimento de uma parada cardiorrespiratória em crianças e bebês, é diferentes da PCR em adultos e um número crescente de evidências pediátricas específicas corroboram essas recomendações. Por isso, preparamos um artigo para apresentar os principais problemas e alterações, assim como, as atualizações das novas diretrizes de 2020 que foram definidas pelo AHA, confira a seguir:
- Algoritmos e recursos visuais foram revisados para incorporar a melhor ciência e objetividade para os socorristas de ressuscitação de SBVP e SAVP;
- A ventilação assistida recomendada tem sido aumentada para uma ventilação a cada 2 a 3 segundos, ou seja, 20 a 30 ventilações por minuto, em todos os casos de ressuscitação pediátrica;
- Tubos Endotraqueais (TETs) com cuff são sugeridos para reduzir o vazamento de ar e a necessidade de trocas de tubos para pacientes de qualquer idade que necessitem de intubação;
- Não é mais recomendado o uso rotineiro de pressão cricoide durante a intubação;
- A epinefrina deve ser administrada o quanto antes, o ideal é que seja até 5 minutos após o início da PCR de um ritmo não chocável, para maximizar as chances de bons resultados da ressuscitação;
- A ressuscitação equilibrada com derivados do sangue é aceitável para bebês e crianças com choque hemorrágico;
- O tratamento da overdose de opioides inclui RCP e a administração de Naloxona no momento certo por socorristas leigos ou socorristas treinados;
- Depois do RCE, os pacientes devem ser avaliados com relação a convulsões e o estado epilético e qualquer crise convulsiva deve ser tratada;
- Para os pacientes com acessos arteriais, usar o feedback da mensuração contínua da pressão arterial pode, melhorar a qualidade da RCP;
- O tratamento da hipertensão pulmonar pode incluir o uso de óxido nítrico inalatório, prostaciclina, analgesia, sedação, bloqueio neuromuscular e, se disponível, RCP Extracorpórea (E-CPR), ou terapia de resgate com SVE;
- Uma nova cadeia de sobrevivência pediátrica foi criada para Parada Cardíaca Intrahospitalar (PCIH) em bebês, crianças e adolescentes;
- O único algoritmo pediátrico para taquicardia com pulso, agora abrange taquicardias de complexo estreito e largo em pacientes pediátricos.
Todas essas mudanças visam atualizar os processos e melhorá-los constantemente, a fim de garantir que as técnicas sejam eficazes diante de vítimas com PCR.
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